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Ter compaixão pode ser algo extremamente desafiante para o ser humano.

Quando despertamos a compaixão somos capazes de nos colocar no lugar do outro, o que dificulta isso é que na maioria das vezes queremos ter razão, queremos convencer o outro que o nosso ponto de vista sobre algo ou alguém é o melhor.

Para alguns, o desafio é se colocar no lugar do outro de forma equilibrada, ou seja, reconhecer a situação sem tentar resolver, sem tentar tomar as rédeas da situação.

A pesquisadora Brené Brown explica a compaixão nos dando um exemplo bem claro. Imaginemos que estamos caminhando e de repente encontramos alguém dentro de um poço. Escutamos essa pessoa chamando e vamos até lá para ajudar.

Ela diz que a compaixão é jogarmos a corda e segura-la, deixando que a pessoa faça o movimento que ela precisa para se erguer e sair daquele lugar.

O que acontece muitas vezes, é que acreditamos que a compaixão seria jogar a corda, mas então se atirar para salvar a pessoa, imaginando que ela não seria capaz de se erguer por si mesma. Aí seriam dois dentro do poço!

Na compaixão, confiamos na força do outro ou confiamos no sentido daquela situação, mesmo que não a compreendamos. Entendemos que eu e o outro somos um. E se eu tenho uma luz, se eu tenho capacidade de sair das minhas dificuldades, eu preciso acreditar que o outro também tem.

Nas relações entre pais e filhos é comum vermos pais e mães fazendo tudo pelos filhos, sem ao menos questionar se essa ajuda está sendo solicitada, mandando um recado silencioso e inconsciente: de que eles não acreditam na competência do filho. Isso não permite que eles, os filhos, possam passar por uma experiência, que é sempre uma forma de aprendizado.

Yogi Bhajan disse em uma aula uma vez, “se permita passar pelo que você precisa passar”. Na compaixão, damos espaço para experiência, permitimos que o outro faça o movimento para resolver a situação que o aflige, porque se tentamos sempre resolver tudo para o outro furtamos dele a oportunidade de aprender e crescer com a experiência.

 

Luz e bençãos,

Sat Nam!