Como está o seu coração diante desta crise que estamos vivendo? Está muito aflito? Está triste?
E ao seu redor, como você percebe que as pessoas estão, seus amigos, famílias?
Como professora de yoga e terapeuta, tenho ouvido relatos de pessoas dizerem estar tão ansiosas com toda essa situação que “somente uma caixa de Bis não basta”, precisam comer três para ajudar a enfrentar a ansiedade. E como consequência a alimentação é alterada completamente, o sono é prejudicado e há um processo mental intenso e diário.
Nossa mente é capaz de nos ajudar a conectar com a nossa luz, com a nossa força de gratidão, com nossa força de amor, mas com o passar dos anos a nossa cultura esmagou o nosso processo mental nos ensinando a ter certeza do dia de amanhã. O que nunca foi real.
Ideias como “estou deprimida vou ao shopping comprar alguma coisa, estou triste vou comer chocolate” são muito comuns.
Essas coisas ilusórias foram invertendo nossos valores e a nossa percepção real do mundo. Agora que nos deparamos com uma crise, tudo acabou.
Não tem jeito de viajar, não tem jeito de comprar nada. Tem pessoas que estão vivendo o luto porque não podem sair para comprar alguma coisa ou porque não podem sair sexta-feira à noite para comer uma pizza por que está tudo fechado.
Estamos vivendo o desabituar. Fomos criados com hábitos e essa crise arrancou de todos nós isso. E o que nós fizemos?
Muitas pessoas estão desorientadas, não conseguem dormir, estão comendo mais, estão sentindo palpitações no coração, não estão conseguindo perceber que esse momento é para reaprender a viver o dia a dia.
No momento, não há nenhuma definição certa de quanto tempo a pandemia irá durar ou mesmo o que irá acontecer depois que acabar. Tudo o que temos são possibilidades.
É muito importante nos questionarmos: O que eu posso fazer nesse momento?
A maioria de nós foi ensinada a dar credito à nossa miséria, ao nosso vitimismo, mas o momento pede para que invertamos isso, não dá mais para ser a vítima.
Precisamos encontrar um lugar dentro de nós que nos traga a serenidade, a quietude, para que consigamos perceber quais recursos que temos no momento e a melhor forma de utiliza-los.
Nós temos 24 horas diárias, a maioria das pessoas trabalham oito horas, dormem oito horas e o que fazem com as outras oito horas?
Vale a pena pensar em como melhor aproveitar essas oito horas que se tem entre as horas de trabalho e as horas de sono , ao invés de criar coisas na cabeça que não levam à melhor versão de você mesmo.
Existe uma expressão em inglês que é “ To be, to do, to be, to do” , eu faço, eu sou, eu faço, eu sou.
Se eu preciso trabalhar de oito a dez horas, posso fazer pequenas interrupções, e fazer coisas que me fazem bem. Por exemplo, escutar uma música que gosto.Nesse momento, podemos pensar: “Eu sou um melhor ser humano enquanto escutando essa música por 5 minutos.” Ou então, podemos parar em algum momento do trabalho e dizer: “Ok, agora vou me dar um intervalo de 10 minutos”.
Se você sempre gostou de caminhar, mas não pode caminhar na rua porque precisamos estar mais em casa, que tal encontrar um lugar dentro de casa , colocar uma música e dançar, ou subir escadas ou se alongar no espaço que se tem.
“To be, to do, to be, to do”, vai nos ajudar a encontrar soluções simples e descobrir novas formas de viver dentro dessa crise,
Meu convite é que nos conectemos profundamente com o nosso coração, que é um lugar em nós onde vibra a compaixão e o amor. Amor esse que só se pode sentir pelo outro ao amar a si mesmo. Assim como a compaixão. Se não tenho compaixão por mim e trabalho loucamente o dia todo, não consigo dormir, “ataco a geladeira” e não consigo encontrar pequenos momentos durante do dia para eu ser a melhor pessoa do mundo para mim, como posso querer que a vida e as pessoas sejam compassivas comigo.
No kundalini yoga, Yogi Bhajan diz o seguinte: “o corpo segue a mente e a mente segue a respiração”.
Quanto mais estou presente, no agora, mais conectado com minha respiração eu fico. Se eu estou conectado com minha respiração, eu ouço a minha mente com mais clareza.
E eu posso questionar : – Espera aí mente, de onde você está tirando isso? Que está todo mundo morrendo, que a economia está afundando, espera um pouco, calma… Qual é a realidade…
A razão de se ter um coração tranquilo é que dessa forma conseguimos pensar melhor, observar melhor o que está à nossa volta e ter uma visão da realidade considerando o melhor caminho possível
Assista ao vídeo e veja a aula na integra e aprenda a meditação
LINK PARA O MANTRA DA MEDITAÇÃO: Kiss the Earth de Ajeet Kaur